Maria da Conceição Rocha e Silva, ou melhor, Nina Arueira, nasceu na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, em 18 de março de 1916.
Numa época em que predominava o conservadorismo, o preconceito, tempos revolucionários de Vargas, tenentismos, manifestações machistas, Nina surgiu como uma revolucionária das idéias: abandonou a Escola Normal por não concordar com o modo como a educação era tratada na sociedade em que vivia, aos 14 anos já escrevia artigos para jornais diários, com temas bastante polêmicos, como: a educação, o papel da mulher, o progresso da humanidade, a religião, entre outros.
Mesmo não frequentando a escola, mantinha-se uma leitora assídua, sabia sobre filosofia, política, literatura e teosofia. Nina fez parte da juventude do Partido Comunista e lutava por transformações sociais, fazia panfletagens em portas de fábricas, participava de reuniões e organizações de sindicatos. Seus poemas retratavam a maturidade, a evolução e a formação moral de que possuía. Em meio a artigos, poemas e palestras, passou a ser conhecida e reconhecida em outras cidades além de Campos. Nina não aceitava, nem admitia a desigualdade entre os homens, por isso lutava pelo bem-estar coletivo. Após uma existência em que esteve engajada em projetos e ações sociais e que demonstrou uma espiritualidade altamente desenvolvida, Nina contrai "tifo", e desencarna aos 19 anos, em 1935.
Apesar de sua curta passagem como Nina Arueira, deixou-nos um legado que deve ser seguido por muitos e muitos jovens, nos servindo de inspiração para um futuro melhor e é por isso que nossa Juventude traz o nome dela como exemplo: Juventude Espírita Nina Arueira.
